domingo, 23 de setembro de 2007


A Última Luta de Jochen Peiper

Jochen Peiper nasceu no dia 30 de Janeiro de 1915 sendo filho de uma família de oficiais em Berlim. Fez parte da Leibstandarte SS Adolf Hitler. Em 1938 tornou-se ajudante do Reichsführer SS Heinrich Himmler. Mas quando a guerra começou, quis servir na linha da frente. Comandou a 10ª companhia SS Leibstandarte A.H. na Polónia, na Holanda, na Bélgica e na França. Em 1941 combateu na Rússia com o 3º batalhão Panzergrenadier do 2º regimento SS Panzergrenadier. Subsitui a 320ª divisão de infantaria do General Postek, cercada em Kharkov. A 19 de Março de 1943 toma Bielgorod. Em Setembro de 1943 está em Itália. Em Novembro do mesmo ano combate pelo Reich em Jitomir e com o 1º exército atravessa o cerco em Kamenets Podolsk. Até Outubro de 1944 combate na Frente Leste. A 16 de Dezembro de 1944 – sobre o comando do 6º exército Panzer de Sepp Dietrich – está na ponta de lança da ofensiva nas Ardénias com a sua 1ª divisão SS Panzer L.A.H.
Avançou até La Gleize perto de Stavelot. Isolado do resto do exército, foi cercado. Mas conseguiria escapar com os seus homens, a pé e sob um frio de gelar, deixando para trás todo o material de guerra. Lutando sempre sobre o comando de Sepp Dietrich, combateu os Soviéticos até ao fim, a ocidente do Danúbio perto de Viena. Do mesmo modo nos alpes em St. Pollen e em Krems onde ele e os seus homens finalmente se renderam aos Americanos. Chegou a SS-Obersturmbannführer e a portador da Cruz de Cavaleiro com Espadas.
Após a capitulação da Alemanha este infalível, mentalmente nobre e incrível bravo soldado foi preso, espancado e humilhado. Foi acusado de ter ordenado a execução de PDG (Prisioneiros De Guerra – Trad.) Americanos em Baugnez nos arredores de Malmedy no decorrer da ofensiva das Ardénias: Capturados pelo Kampfgruppe J.P., os soldados dos E.U.A. capturados foram levados para uma campina onde aguardariam o seu transporte para a linha da frente. Peiper deixou alguns dos seus homens de guarda. Ele próprio conduziu à dianteira dos seus tanques na frente das tropas que seguiam para Ligneuville. Quando a maior parte das tropas do Kampfgruppe chegava a Baugnez, as tropas que lá permaneciam conversavam com os camaradas que tinham ficado para trás. Uma Spähwagen tinha tido uma avaria e estava a ser reparada. Subitamente um soldado sentado num tanque notou que alguns dos soldados Americanos tinham aproveitado a sua passividade e estavam a tentar fugir. Mas um tiro disparado pela sua espingarda causou o pânico entre os prisioneiros que começaram a fugir em todas as direcções. Foram utilizadas metralhadoras de baixo calibre e foram atingidos 21 Americanos no decorrer da fuga.
Após a capitulação os homens da 1ª divisão SS Panzer foram procurados e levados para o campo Zuffenhausen. 400 foram transferidos para a prisão da Câmara Schwäbish nos arredores de Estugarta. As tropas de Peiper eram compostas na maior parte de soldados muito jovens. Um tinha 16, dois tinham 17, onze tinham 18 e nove tinham 19 anos. 22 dos 72 condenados eram portanto menores de 20 anos; todos eles foram torturados de modo a ser obtida qualquer confissão. Peiper foi um exemplo para a sua equipa, e sob o seu comando a equipa portou-se bem. Nunca houve qualquer traição entre as suas unidades. Os homens foram levados para KZ Dachau onde 72 dos 74 acusados foram condenados num julgamento teatral. Um cometeu suicídio, um era Alsaciano e foi entregue a um tribunal Francês. 34 - entre eles Peiper, que foi chamado a prestar contas pelas acções dos seus homens – foram sentenciados à morte pela forca, 22 a prisão perpétua, oito a 20 anos de cadeia, onze a dez anos de cadeia. O julgamento foi novamente repetido e a sentença de morte substituída pela prisão perpétua. Passados onze anos de custódia, J. Peiper foi o último dos seus camaradas a ser solto em Dezembro de 1956.
Em Janeiro de 1957 começou a trabalhar para a Porsche em Frankfurt. Os sindicatos exigiram a sua demissão. Depois trabalhou para a VW em Estugarta, mas foi despedido também devido à agitação da esquerda. Visto isto apercebeu-se que não podia continuar a viver na Alemanha e mudou-se com a sua família para França. Durante a ofensiva de 1940 tinha conhecido a região em redor do Langres Plateau e já nessa altura tinha adorado esse belo e pacífico local. Na altura ajudou um PDG Francês, um nacionalista pró Alemão, que tinha de trabalhar em Reutlingen para alguns parentes de Peiper como um condenado a trabalhos forçados numa garagem. Mas havia um regulamento entre a França e a Alemanha, permitindo a libertação de dois PDG Franceses por cada trabalhador voluntário disposto a trabalhar na Alemanha. Devido à recomendação de Peiper esse homem, Gauthier, foi autorizado a voltar para a sua família. Ele não tinha esquecido Peipere como este tinha de deixar a Alemanha em 1957, foi Gauthier quem o ajudou e vendeu-lhe um moinho de água em Traves. O edifício estava em mau estado de conservação e Peiper não tinha a disponibilidade financeira necessária para restaurar o moinho. O SS-Obersturmbannführer Erwin Ketelhut tomou conta do moinho de água em 1960 e Peiper construiu uma casa em Spannplate, acima da margem do Saone, escondida pelos arbustos, para não ser vista da rua e com a forma de uma fortificação militar. Ele viveu lá – apesar das ameaças e das chamadas anónimas – bastante pacificamente por mais de dezasseis anos.
No dia 11 de Julho de 1976 comprou algum arame para a construção de um canil em Vesoul, a sede daquele departamento. O comerciante era um Alsaciano: Paul Cacheux, militante do partido comunista, reconhecido pelo seu sotaque Alemão foi-lhe perguntado onde tinha estado em França durante a guerra. Peiper pagou com um cheque com o seu nome e endereço. Paul Cacheux procurou o nome de Peiper na "lista castanha" onde se encontravam todos os nomes de Alemães procurados. Passou a informação que tinha à Resistência. A 22 de Junho de 1976 o jornal comunista Francês "L’Humanité" editava: "Que faz este Nazi em França?". Era exigida a partida forçada de Peiper da França. Panfletos acusando Peiper de ser um criminoso de guerra e um Nazi foram distribuídos às pessoas de Traves. "Peiper, entregamos-te a 14 de Julho!" foi pintado nas paredes. O 14 de Julho é o dia da França.
Na manhã de 13 de Julho Peiper enviou a sua mulher, que sofria de cancro, de volta para a Alemanha. Ele não queria deixar a sua casa porque esperava que a queimassem se o fizesse. O seu vizinho Ketelhut sugeriu que passasse a noite no moinho de água mas Peiper rejeitou a sua oferta. Também não queria que Ketelhut ficasse com ele, uma vez que este atiraria sobre qualquer atacante. "Não", disse ele. "Já houve mortes suficientes." Jochen Peiper esperou na varanda da sua casa da qual podia observar o rio Saone. Erwin Ketelhut tinha-lhe emprestado a sua arma. Às 10:30 da noite ouviu ruídos nos arbustos e viu uma dúzia de homens a subir a margem do rio. Deu um tiro para o ar para intimidar os ébrios intrusos. Pediram-lhe que viesse à rua. Ele fê-lo e abriu a porta para falar com eles.
O que aconteceu depois só os marginais só pode ser contado pelos marginais. O corpo do Obtersturmführer Jochen Peiper foi encontrado chamuscado e só com um metro de altura, não tinha mãos nem pés. Morreu por volta da 1:00 da manhã. A casa foi incendiada, e o tecto cedeu. O que aconteceu entre as 10:30 e a 1:00 da noite? Estaria o Obersturmführer vivo quando foi mutilado? Estaria vivo quando o incendiaram? Os marginais despejaram gasolina no chão, e iniciaram-no com uma mistura de petróleo e óleo de motor. Peiper foi deitado no seu quarto de cama, no lado esquerdo com as costas encostadas à parede, e com um braço sobre o peito. Não caiu nada sobre ele. Morreu devido ao calor intenso. O corpo não foi cremado e sim encolhido.
Erwin Ketelhut e os Franceses que tinham conhecido e simpatizado com Peiper compartilhavam a opinião de que este homem cavalheiresco, tendo desafiado tantos perigos, não devia ter morrido deste modo. Os assassinos foram nos seus carros por uma campina até à margem do rio onde estavam já preparadas duas barcas. Com elas atravessaram o Saone e depois escalaram a margem através dos arbustos. Após o assassínio voltaram fugiram pelos campos, em frente da casa, para a rua. Os bombeiros procuraram as partes que faltavam do corpo no rio. O trabalho de investigação da polícia Francesa durou seis meses. Foram interrogados os comunistas e Vesoul e os membros da Resistência. Ninguém sabia de nada! O caso foi arquivado. Ninguém foi preso ou punido! A área de Traves não é densamente populada, só existem cerca de dez habitantes por kilómetro quadrado. Todos se conhecem e todos sabem da vida uns dos outros.
Os marginais são conhecidos dos habitantes, mas as pessoas nada disseram. Na noite de 13 para 14 de Julho fizemos uma vigília de protesto pelo Obersturmbannführer e portador da Cruz de Cavaleiro Jochen Peiper. A injustiça que lhe foi feita não ficará impune! Com esta morte cruel Jochen Peiper pagou os seus últimos pêsames para com o seu povo e a sua pátria.

2 comentários:

incawar disse...

Enfim!Era um santo dobpay oco!

incawar disse...

Um assassino frio e calculista: foi justiçado porque ninguém acreditou na sua história de Santo, só os nazistas!